quinta-feira, 17 de maio de 2012

O QUE ANDEI LENDO



PULMÃO DE AÇO - Uma vida no maior hospital do Brasil.  Eliana Zagui.  São Paulo:  Belaletra Editora, 2012.  ISBN 978-85-64431-01-0.

"A autora Eliana Zagui chegou ao Hospital das Clínicas de São Paulo aos dois anos de idade com  poliomielite, paralisada do pescoço aos pés e quase incapaz de respirar.  O pulmão de aço deveria salvá-la, mas não pôde reverter a insuficiência respiratória.  Os médicos avisaram aos pais:  a morte da menina era questão de tempo.  Pouco tempo".

Hoje, quase 40 anos depois desse aviso, Eliana vive desde então, na UTI do Instituto de Ortopedia e Traumatologia - IOT - do Hospital das Clínicas de São Paulo.

Essa é uma panorâmica bastante resumida e geral do conteúdo do livro.

Porém apesar da tragédia (não sei nem o adjetivo que usar), engana-se e muito quem acha (como eu a princípio também achei), que o livro vai ser um chororô do começo ao  fim.

Me surpreendi quando me deparei com a narrativa da paciente/autora.  Ela narra os FATOS, fala dos sentimentos mas não passando pelo crivo do sentimentalismo e drama (embora tivesse todas as razões da sua vida para fazê-lo).

Também não achei em momento algum que Eliana quisesse dar uma "lição de moral".  Concluí que super vale a pena a leitura, até para aprendermos a dar valor nas mínimas coisas da nossa vida:  desde o abrir dos olhos pela manhã, respirar normalmente (sem ajuda de aparelhos), até mesmo a condição de se coçar sozinha (nunca havia pensado na possibilidade de sentir coceira e não conseguir se coçar...).

Serve para refletir, pensarmos e principalmente pararmos de reclamar de tudo e todos (digo isso até por mim).

Juro que deu até vontade de ir ao hospital conhecê-la.  Talvez Eliana nunca irá ler essas palavras (embora tenha um computador com internet), também não tenho palavras suficientes para lhe dizer, apenas que é uma G-U-E-R-R-E-I-R-A.

Bjs

2 comentários:

  1. Não sei o que dizer, amiga. Quem sabe um dia eu o leia. Obrigada pela recomendação.

    Beijos,

    Eneida

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  2. Oi, querida Maristela,
    Li, há alguns dias a reportagem sobre o livro e sobre a história da autora.
    Fiquei com uma vontade intensa de ler o livro, mas, tb, com um medo imenso de me emocionar demais com a história real da Eliana.
    Assisti a um vídeo na reportagem e fiquei admirada com a serenidade dela.
    Bom saber que não é um chororô, talvez assim eu tenha coragem de lê-lo.
    Bjssssssssssssss, quérida!

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